A Taurus chegou ao final do 2º trimestre do ano com resultados em linha com as expectativas para o período, considerando a atual conjuntura do mercado, bastante diversa da verificada nos últimos anos.
Nos EUA, as vendas nos primeiros seis meses do ano superaram os volumes do 1º semestre de 2019, período anterior à pandemia. No 2º trimestre de 2023, a receita de armas & acessórios nesse país foi 97,2% maior do que o registrado no 2º trimestre de 2019 e já se igualou ao apurado no 2º trimestre de 2022, compensando a perda de receita em reais devido à valorização do real em relação ao dólar de 26,3% ante o 2º trimestre de 2019 e de 4,8% em relação ao 2º trimestre de 2022, considerando a cotação média dos períodos. O mix de vendas contribuiu fortemente para esse resultado.
O mercado norte-americano, conforme esperado, retomou um padrão de normalidade, após ter atingido níveis sem precedentes nos anos de 2020 e 2021. No 2º trimestre de 2023, o Adjusted NICS (National Instant Criminal Background System) registrou 3,65 milhões de consultas de pessoas interessadas em adquirir uma arma nos EUA, somando 7,82 milhões nos seis primeiros meses do ano. Esses patamares são superiores a iguais períodos do ano de 2019 em 29,2% na avaliação trimestral e 25,3% considerando o acumulado do primeiro semestre. A perspectiva para o 2º semestre nos EUA é positiva, considerando que, tradicionalmente, a segunda metade do ano tem maior sazonalidade de vendas, dado o início do período de caça, além das vendas de “Black Friday” e Natal.
Cutelaria Taurus
No Brasil, os setores de serviços e indústria permaneceram relativamente estagnados. De acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria, a Utilização da Capacidade Instalada industrial no País em junho foi a mais baixa para o mês nos últimos três anos (69%). Os principais obstáculos enfrentados no 2º trimestre de 2023, de acordo com a pesquisa, foram a baixa demanda interna, a elevada pressão fiscal e as altas taxas de juros. No setor de armas, soma-se a isso o fato da insegurança jurídica que perdurou por todo o 1º semestre, uma vez que o novo Decreto, previsto para março/abril, foi publicado apenas em 21 de julho (Decreto nº 11.615/23).
Em um movimento estratégico a empresa lançou com exclusividade 20 armas, entre pistolas e revólveres, algumas dessas já considerando os limites impostos pela nova legislação. Apresentou também ao mercado produtos que agregam valor à marca, com destaque para a “Cutelaria Taurus”, uma linha premium de facas “custom”, confeccionadas artesanalmente pelo renomado cuteleiro Sandro Boeck, vencedor do reality show “Desafio sob Fogo Brasil e América Latina” em 2020. As facas são relacionadas às principais famílias de armas da Taurus, de forma que cada consumidor poderá escolher uma faca exclusiva relacionada ao seu modelo de arma preferido. Mantendo o DNA de inovação da Companhia, faz parte da linha a primeira faca no mundo com grafeno.
A estratégia comercial da Companhia também segue focada em oportunidades nos mercados internacionais, além dos EUA. Hoje, a Taurus tem mapeados mais de US$ 80 milhões em negócios potenciais ao redor do mundo, com destaque para o Oriente Médio e África. Adicionalmente, por meio da JD Taurus, está explorando oportunidades comerciais na Índia, onde está em andamento licitação de 425 mil fuzis, além de outras licitações de menor volume a nível das forças policiais e paramilitares que, no médio prazo, envolvem negócios estimados em mais de US$ 30 milhões.
INDÚSTRIA
Na área industrial, a Taurus já tem uma linha robotizada em funcionamento, proporcionando maior eficiência e agilidade no processo e, consequentemente, menor custo. Outro investimento em maquinário de última geração realizado foi no novo forno de M.I.M. (metal injection molding), que combina maior capacidade produtiva com melhor eficiência de processamento, permitindo a fabricação de peças complexas. A partir da entrada em operação desse equipamento, oportunidades de negócios poderão ser criadas para a Companhia nesse segmento, uma vez que terá capacidade produtiva disponível, já que o novo forno poderá atender 100% da necessidade interna da Taurus.
“Nosso objetivo é ampliar a posição da Taurus na liderança global do setor, mantendo constante desenvolvimento e proporcionando o melhor retorno para os acionistas. De modo a alcançar esse propósito, olhamos para o futuro, investindo primordialmente em P&D e na modernização de nossa estrutura industrial, com vistas a aprimorar a eficiência de nossas operações. Entendemos que tais investimentos são pilares fundamentais para impulsionar o crescimento da Taurus e garantir sua competitividade no mercado mundial”, afirma Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus.
A Taurus estabeleceu mais um importante marco na sua recente história de “turn around“: hoje, são mais de 100 mil acionistas. A empresa reafirma seu compromisso de manter uma política de remuneração por meio de dividendos de forma agressiva, mas sempre com responsabilidade e respeitando a disciplina de caixa. No dia 21 de junho, o Conselho de Administração aprovou o pagamento de dividendos intermediários, a título de antecipação do exercício de 2023, com base na reserva de lucros reconhecida nas demonstrações financeiras. Os dividendos aprovados totalizam R$ 12,7 milhões e serão pagos a todos os acionistas em 31 de agosto de 2023.
A internacionalização da Taurus, evidenciada na joint venture na Índia, no MoU com a empresa da Arábia Saudita assinado em 31 julho e em outras oportunidades que estão sendo consideradas, são importantes avenidas de crescimento. Essas ações confirmam que a Taurus está sempre olhando para frente e explorando oportunidades em novas fronteiras, com a segurança de que ainda conquistará mais em sua trajetória.