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Ação da Taurus dispara após anúncio de venda de pistola e carabina

Publicado em: 18/10/2021

Companhia gaúcha atinge maior cotação desde 30 de agosto na B3 e acumula ganho de 56% no ano

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São Paulo — A ação da Taurus (TASA4) cravou, nesta manhã, a maior cotação desde 30 de agosto, negociada a R$ 24,26 (+4,34%), acumulando ganho de 14% no mês e de 56% no ano.

A fabricante de armas, sediada em São Leopoldo (RS), divulgou, nesta segunda-feira (18), que a Prefeitura de Santana de Parnaíba, no Estado de São Paulo, firmou um contrato para aquisição de 410 pistolas TS9 e 35 carabinas CTT40, com o objetivo de equipar a Guarda Municipal.

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A alta do dólar frente ao real - hoje a cotação opera acima de R$ 5,53 - também favorece a receita da Taurus, que exporta para mais de 100 países. Considerada líder mundial na fabricação de revólveres e uma das maiores produtoras de pistolas do mundo, a Taurus tem em seu portfólio produtos composto por revólveres, pistolas, submetralhadoras, fuzis, carabinas, rifles e espingardas, atendendo os mercados civil, militar e policial.

No começo do mês, a companhia também informou que a Prefeitura de São Paulo realizou a compra de 25 carabinas Taurus modelo CT9, calibre 9mm. Os armamentos foram adquiridos por licitação e serão destinados para manutenção e operação da Guarda Civil Metropolitana.

A Taurus também lançou, no último dia 4, no Brasil as pistolas G3 e G3c, em calibre 9mm, na versão T.O.R.O. (Taurus Optic Ready Option). Ambos os modelos são preparados para receber miras ópticas. Segundo a companhia, as novidades chegam para atender um crescente nicho de mercado, o de atiradores que desejam incluir miras em suas armas - seja para defesa pessoal, lazer ou competições esportivas.

O resultado financeiro da companhia tem sido favorecido por condições políticas mais favoráveis à questão do armamento no Brasil, com flexibilização de regras de posse e porte incentivada pelo governo federal. As vendas no mercado interno responderam por 21% da receita do 1º semestre de 2021, quando registrou um lucro líquido de R$ 261,7 milhões com uma produção de 1,1 milhão de armas entre janeiro e junho, um volume 39% superior ao mesmo período de 2020.

empresa conta com “back order”(pedidos pendentes) de 2,1 milhões de unidades. Dessa carteira de pedidos, cerca de 190 mil são apenas da pistola GX4, lançada simultaneamente no Brasil e nos EUA em 19 de maio deste ano, e que marcou a entrada da Taurus no segmento de pistolas microcompactas, mercado de maior valor agregado.

A empresa encerrou o segundo trimestre com uma dívida de R$ 521 milhões. Considerando o Ebitda dos últimos 12 meses, o indicador dívida líquida/Ebitda ao final do segundo trimestre era de 0,7 vezes, ou seja, em menos de um ano a Taurus gerou Ebitda capaz de quitar integralmente sua dívida.

Fonte: Bloomberg Línea-BR - WEB